segunda-feira, 9 de junho de 2014

Penso

Penso em esquecer
Mas não dá certo,
Se aqueles olhos não posso ver
Minhas lembrança os trazem pra perto.

Penso em odiar amá-lo,
Assim eu seria menos triste.
Mas  vejo enquanto falo,
Que em mim tal capacidade não existe.

Penso em soluções
Alheias à realidade,
Nego e até escondo reações,
Mas todos sabem da verdade.

Verdade mesmo é que não sinto,
Não sinto ódio e nem amor,
Pode parcer que minto,
Mas meu coração foi anestesiado pela dor.

Penso que poderia um dia 
Quem sabe sentir algo,
Hoje, a menininha que via,
É a mulher que tem um alvo.

Vejo sim, ainda hoje,
Mas com mais clareza,
Como ele sempre pôde
Acabar com minha certeza.

Certeza do que penso,
Só com um olhar suave,
Delicado como um lenço,
Mas esplendoroso como uma ave.

Penso então em acabar com essas lembranças,
Que confundem meus sentimentos,
Não posso alimentar esperanças,
Pois elas são frágeis como os ventos.

Ventos porém que levam coisas ao varrer,
Coisas que, de esquecer tenho desejo intenso,
Mas que quanto mais as quero esquecer,
Mais nelas eu penso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe seu comentário ...