Penso em esquecer
Mas não dá certo,
Se aqueles olhos não posso
ver
Minhas lembrança os trazem
pra perto.
Penso em odiar amá-lo,
Assim eu seria menos
triste.
Mas vejo enquanto
falo,
Que em mim tal
capacidade não existe.
Penso em soluções
Alheias à realidade,
Nego e até escondo reações,
Mas todos sabem da verdade.
Verdade mesmo é que não
sinto,
Não sinto ódio e nem amor,
Pode parcer que minto,
Mas meu coração foi
anestesiado pela dor.
Penso que poderia um
dia
Quem sabe sentir algo,
Hoje, a menininha que via,
É a mulher que tem um alvo.
Vejo sim, ainda hoje,
Mas com mais clareza,
Como ele sempre pôde
Acabar com minha certeza.
Certeza do que penso,
Só com um olhar suave,
Delicado como um lenço,
Mas esplendoroso como uma
ave.
Penso então em acabar com
essas lembranças,
Que confundem meus
sentimentos,
Não posso alimentar
esperanças,
Pois elas são frágeis como
os ventos.
Ventos porém que levam
coisas ao varrer,
Coisas que, de esquecer
tenho desejo intenso,
Mas que quanto mais as
quero esquecer,
Mais nelas eu penso!
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